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Percurso de Salreu é reflorestado no Dia da Árvore Autóctone

Espécies autóctones defendem a biodiversidade local

terça, 22 de novembro

No Dia da Floresta Autóctone, Estarreja assiste ao ponto alto do processo de limpeza e reflorestação do Percurso de Salreu do BioRia. Ao longo das últimas duas semanas os serviços municipais procederem à remoção de espécies invasoras, cerca de 80 acácias e 100 ervas-das-pampas, que representam uma ameaça para a biodiversidade local.

Esta quarta-feira, dia 23, às 9h30, com a ajuda dos seniores do programa +50, a autarquia promove a plantação de espécies da floresta autóctone portuguesa, cerca de 80 salgueiros e amieiros. A acção contempla uma parte do Percurso de Salreu do BioRia, no Baixo Vouga Lagunar, nomeadamente a zona junto ao dique e as margens do Rio Antuã.

A proliferação de espécies invasoras é das principais causas da perda de biodiversidade e sendo esta uma zona de protecção especial, a plantação de espécies autóctones assume um papel preponderante na manutenção dos elevados índices de biodiversidade e na defesa ecossistema.

Promove-se desta forma o domínio do solo pelas espécies autóctones, criando no futuro um corredor de sombra e uma cortina que permita a observação da grande mancha de caniçal de Salreu sem perturbar as espécies que lá nidificam e que têm estatuto de protecção especial como são os casos da garça-vermelha e da águia-sapeira.


Proteger o dique e as linhas de água

Outro dos objectivos desta acção é a protecção do dique, fortalecendo-o com espécies especializadas na protecção dos leitos e linhas de água, eliminando as acácias que se proliferam rapidamente e que devido à sua agressividade na ocupação do solo, tendem a eliminar as nativas sobretudo em processos de regeneração após o fogo.

As acácias são também bastante problemáticas nesta região, sobretudo as que crescem nas margens de linhas de água, especialmente no Rio Antuã, uma vez que atingem grandes dimensões e acabam, pela sua incapacidade de fixação ao solo, por provocar rombos nos taludes e/ou criar barreiras no leito.


Dia convida à plantação de árvores 

Assinalado a 23 de Novembro, o Dia da Floresta Autóctone foi estabelecido para promover a conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como o dia mais adaptado às condições climatéricas de Portugal e Espanha para se proceder à sementeira ou plantação de árvores.

A participação de todos é fundamental para que a floresta autóctone esteja cada vez mais protegida. E todos podemos contribuir para a preservação e expansão das nossas espécies indígenas, bastando que cada um de nós recolha algumas sementes, faça-as germinar e plante, para que a floresta portuguesa retome cada vez mais o lugar que já ocupou no passado e constitua um espaço de salvaguarda da nossa biodiversidade.

A preservação de muitas das nossas espécies arbóreas autóctones (medronheiro, zambujeiro, carvalhos, pinheiro-manso, amieiro, freixo, salgueiros, etc.) passa também pela sua utilização na recuperação das áreas ardidas, como elementos de descontinuidade nas monoculturas de eucalipto e pinheiro, na protecção dos leitos das linhas de água e nos jardins e espaços verdes públicos e privados.

Percurso de Salreu é reflorestado no Dia da Árvore Autóctone