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Estarreja comemora o Dia da Floresta Autóctone

sexta, 22 de novembro

A Câmara Municipal de Estarreja comemora o Dia da Floresta Autóctone, com duas ações distintas: no Arboreto do Antuã e com a ajuda de duas centenas de alunos vai plantar novas árvores; no Percurso de Salreu do BioRia está a proceder à remoção de espécies invasoras que representam uma ameaça para a biodiversidade local.

No dia 22 de novembro, próxima sexta-feira, no Arboreto do Antuã, a partir das 9h30, serão plantadas espécies autóctones, sendo esta edição dedicada aos frutos secos, com a participação de 260 alunos do ensino pré-escolar, do 1º ciclo e da Cerciesta. Nesta iniciativa do Setor de Serviços Urbanos e Ambiente e do Gabinete de Proteção Civil e Florestal, pretende-se divulgar a importância da nossa floresta e a necessidade da sua preservação junto do público escolar.

O programa inclui a dinamização de diversas atividades sobre esta temática e a distribuição de um marcador de livros referente ao projeto municipal “O Ouriço”, que este ano explora a espécie “Nogueira” sendo apresentado o “cartão de cidadão” desta espécie. Serão ainda, no mesmo dia, entregues nas escolas os marcadores de livros para os professores poderem explorar o tema na sala de aula. O Município aderiu ao movimento “Vamos Todos plantar Portugal”.


Limpeza de espécies invasoras no BioRia

A Câmara Municipal está a proceder à limpeza do Percurso de Salreu do BioRia, com o objetivo de remover espécies invasoras que representam uma ameaça para a biodiversidade local. A ação contempla a remoção de Acácias e Erva-das-pampas no Percurso de Salreu, situado no Baixo Vouga Lagunar, nomeadamente as zonas junto ao Esteiro, ao dique e um troço na margem sul do Rio Antuã.

Ao contrário de anos anteriores, este ano a Câmara não promoverá a plantação de espécies autóctones, uma vez que está a decorrer a obra do Polis da Ria, que contempla a plantação de dezenas de árvores nos principais ribeiros do concelho.
 
A proliferação de espécies invasoras é das principais causas da perda de biodiversidade e sendo esta uma zona de proteção especial, a plantação de autóctones assume um papel preponderante na manutenção dos elevados índices de biodiversidade e na defesa ecossistema.
 
Promove-se desta forma o domínio do solo pelas árvores autóctones, sendo percetível a formação de um corredor de sombra e uma cortina que permitirá a observação da grande mancha de caniçal de Salreu sem perturbar as espécies que lá nidificam e que têm estatuto de proteção especial como são os casos da garça-vermelha e da águia-sapeira.
 
 

Proteger o dique e as linhas de água
 
Outro dos objetivos é defender o dique, fortalecendo-o com espécies especializadas na proteção dos leitos e linhas de água, eliminando as acácias que se proliferam rapidamente e que devido à sua agressividade na ocupação do solo, tendem a eliminar as nativas sobretudo em processos de regeneração após o fogo.
 
As acácias são também bastante problemáticas nesta região, sobretudo as que crescem nas margens de linhas de água, especialmente no Rio Antuã, uma vez que atingem grandes dimensões e acabam, pela sua incapacidade de fixação ao solo, por provocar rombos nos taludes e/ou criar barreiras no leito.

 

:: O que é a Floresta Autóctone?

É uma área de árvores originárias do próprio território onde habitam. Estas espécies estão mais adaptadas às condições de clima e solo do nosso território e, como tal, são mais resistentes às doenças, pragas e condições adversas como chuvas intensas, secas e fogos, comparativamente com as espécies exóticas como as acácias ou o eucalipto, originário da Austrália.

Em Portugal temos espécies autóctones como por exemplo o Medronheiro, o Zambujeiro (ou oliveira brava), os Carvalhos, a Azinheira, o Pinheiro-manso, o Amieiro, o Freixo, o Castanheiro, o Azevinho ou os Salgueiros.

O Dia da Floresta Autóctone foi estabelecido para divulgar a importância ambiental e económica da conservação das florestas naturais e a necessidade de as salvaguardar da destruição.

Estarreja comemora o Dia da Floresta Autóctone